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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

JUSTIÇA

Ministro do STF critica uso de algemas em prisões no Turismo

Presos do Ministério do Turismo foram fotografados algemados. Em 2008, STF decidiu que uso só em casos de 'resistência'



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello fez críticas nesta quarta-feira (10) ao uso de algemas em presos da Operação Voucher, da Polícia Federal, que investiga o desvio de cerca de R$ 3 milhões do Ministério do Turismo. Para o ministro, esse tipo de imobilização só se justifica em casos de "periculosidade".

"As algemas, exceto exceção, só devem ser usadas quando o conduzido apresente periculosidade, seja agressivo ou busque atentar contra a própria vida. Essas imagens dão uma esperança vã à sociedade. Em segundo lugar, a leitura pela sociedade é péssima porque você imagina que o caso seja muito mais grave do que é. Eu creio que nós precisamos observar a ordem jurídica em vigor", disse o ministro.

Nesta quarta, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou à Polícia Federal que preste informações "em caráter de urgência" sobre o uso de algemas nos presos da Operação Voucher.

"Os jornais de hoje mostraram fotos dos presos algemados. Existem regras rigorosas do uso da algema. Determinei ao diretor -geral da PF que me esclarecesse o uso das algemas. A Polícia Federal cumpriu ordem judicial. Agora, cabe ao Ministério da Justiça zelar pelos direitos individuais, e qualquer abuso será apurado", disse o ministro.

Em agosto de 2008, o STF aprovou uma súmula vinculante que limita o uso das algemas a casos de resistência. “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e a nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do estado”, destaca a redação da súmula vinculante. 

As informações são do G1.

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