“A oposição conseguiu reunir as 27 assinaturas necessárias  para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar  as denúncias de irregularidade no Ministério dos Transportes. As últimas  quatro assinaturas obtidas nesta terça-feira (2) foram dos senadores  Zezé Perrella (PDT-MG), João Durval (PDT-BA), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e  Reditário Cassol (PP-RO) –que é pai de Ivo Cassol, suplente do senador  afastado por motivos de saúde. No começo da noite de hoje, a oposição  protocolou o pedido de abertura na Mesa Diretora do Senado.
Até a meia-noite desta terça-feira, os parlamentares podem retirar  suas assinaturas. Se todas forem mantidas, o pedido será então lido em  plenário e, apenas depois da definição do presidente e do relator, a  comissão será considerada, de fato, “instalada”.
Das 27 assinaturas que apoiam a investigação, dez são do PSDB, quatro do DEM, quatro do PMDB, três do PDT, duas do PP, duas do PSOL e uma do PMN, além da senadora Kátia Abreu (sem partido).
Das 27 assinaturas que apoiam a investigação, dez são do PSDB, quatro do DEM, quatro do PMDB, três do PDT, duas do PP, duas do PSOL e uma do PMN, além da senadora Kátia Abreu (sem partido).
O pedido é que a CPI seja feita no período de 180 dias. Ao final de  seus trabalhos, a comissão poderá encaminhar suas conclusões ao  Ministério Público, para que apure se há responsabilidade civil ou  criminal dos envolvidos.
Esta será a segunda CPI do governo Dilma Rousseff, mas a primeira com  peso político. A outra CPI em andamento é a do Ecad (Escritório Central  de Arrecadação e Distribuição), que investiga supostas irregularidades  no pagamento de direitos autorais. Ela foi aberta no final de junho.
.
Tucano convida Nascimento a assinar CPI
Mais cedo, antes de conseguir todas as assinaturas, o senador Álvaro  Dias (PSDB-PR) pediu para o ex-ministro dos Transportes, Alfredo  Nascimento, também dar sua assinatura. Nascimento, que retornou ao  Senado após afastamento do ministério, discursou hoje na Casa, negando  as acusações e dizendo que não teve apoio do governo federal.
Dias sugeriu que, se ele era favorável à investigação, que assinasse,  então, o requerimento de uma CPI para investigar as denúncias.
“As denúncias são da maior gravidade. O Tribunal de Contas da União  aponta que em apenas dois anos foram desviados mais de R$ 700 milhões.  Há a confirmação do TCU de desvios e a aceitação da presidente da  República [Dilma Rousseff] desses fatos, ao demitir os funcionários”,  afirmou o tucano, apelando ao colega para que assine o pedido de uma CPI  para investigar as denúncias no Ministério dos Transportes.
Em resposta, Alfredo Nascimento negou-se a assinar o pedido, dizendo  já ter pedido a investigação do Ministério Público e reafirmando seu  apoio ao governo de Dilma.
“O seu pedido de CPI é diferente do meu. Eu estou aqui como senador  da República e sou da base do governo. Pode parecer raiva, me aproveitar  de uma situação e chegar aqui e dizer que quero assinar uma CPI”,  afirmou.”
(UOL)
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário