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terça-feira, 5 de julho de 2011

SAUDE

Secretaria da Saúde orienta profissionais sobre diagnóstico precoce de meningite
Este ano  foram registrados no Ceará 36 casos de meningite meningocócica, com 11 óbitos. Para controle da doença, a Secretaria da Saúde do Estado lança nota de alerta aos profissionais e unidades de saúde. Na nota, a Sesa informa que os casos de doença meningocócica ocorrem durante todo o ano, mas para evitar e conter surtos,  recomenda seguir orientações sobre o diagnóstico precoce e a imediata adoção de medidas de prevenção e controle.

 
Veja a nota, na íntegra:

DOENÇA MENINGOCÓCICA ALERTA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. No ano de 2011, até a Semana Epidemiológica (SE) 28, foram registrados, no Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN), 36 casos de Meningite Meningocócica e/ou Doença Meningocócica (DM), com 11 óbitos (letalidade de 30,5%). Destes, seis casos foram confirmados pelo sorogrupo C.

2. Ocorrem casos de Doença Meningocócica durante todo o ano, mas a infecção possui importância epidemiológica pela sua capacidade potencial de ocasionar surtos.

3. A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, de acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, recomenda aos profissionais e Unidades de Saúde seguir as seguintes orientações relacionadas ao diagnóstico precoce e instituição imediata de medidas de prevenção e controle para doença meningocócica:

a)    Indivíduos (crianças ou adultos) com febre, cefaléia, vômitos, rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea, convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo são considerados casos suspeitos de meningite. Em crianças menores de um ano, considerar irritabilidade, choro persistente e abaulamento de fontanela;

b)    É importante salientar que a Meningocococemia (forma grave) apresenta-se com os seguintes sinais e sintomas: febre, dores articulares e/ou dor no corpo, estado geral comprometido, evoluindo com o aparecimento de petéquias e/ou sufusões hemorrágicas;

c)    Coletar exames laboratoriais em todos os casos suspeitos antes de iniciar a antibioticoterapia: cultura de líquor e hemocultura.

d)    Todo paciente com suspeita de Doença Meningocócica - DM deve receber assistência emergencial na própria unidade de saúde, com instalação de acesso venoso e início imediato de antibioticoterapia (penicilina ou ceftriaxona), não esquecendo de colher anteriormente material biológico para exames;

e)    Indivíduos de qualquer idade são suscetíveis às meningites, entretanto, o grupo etário de maior risco para adoecimento é o de crianças menores de cinco anos;

f)    A transmissão destes agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato próximo (residentes da mesma casa, colega de dormitório, alojamento, sala de aula) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente;

g)    Todos os comunicantes dos casos confirmados de Doença Meningocócica devem receber imediatamente quimioprofilaxia até 48 horas após contato com caso confirmado.

h)    A quimioprofilaxia deverá ser realizada também e somente aos profissionais que prestaram atendimento direto ao paciente, com contato próximo não protegido (sem uso de máscara cirúrgica), na assistência ventilatória (intubação, aspiração de secreções respiratórias) se o paciente estiver com menos de 24 horas de antibioticoterapia efetiva;

i)    A droga de escolha recomendada para quimioprofilaxia é a Rifampicina:
- Adultos: na dose de 600mg, VO, de 12/12 horas, durante dois dias.
(dose máxima total de 2.400mg);
- Crianças: de um mês até 10 anos, administrar 10mg/kg/dose em quatro tomadas, com intervalo de 12/12 horas, sendo a dose máxima de 600mg.
- Recém-nascidos 5mg/kg/dose, de 12/12 horas, em quatro tomadas (dose máxima de 600mg);

j)    A indicação de isolamento do paciente será durante as primeiras 24 horas de tratamento, com o antibiótico indicado, período após o qual não ocorre mais transmissão;

k)    A vacina anti-meningocócica C, que protege contra a doença meningocócica C, está disponível no calendário básico de imunizações, com o seguinte esquema:


l)    Notificar todo caso suspeito de doença meningocócica imediatamente à vigilância epidemiológica municipal e estadual para que sejam adotadas as medidas emergenciais de prevenção e controle;

m)  Todo caso suspeito de meningite deverá ser encaminhado ao Hospital São José - referencia para doenças infecto-contagiosas, ou para outro hospital conveniado com estrutura para atendimento (assistência adequada e laboratório);

5. A Doença Meningocócica corresponde apenas a uma das etiologias da meningite. Atenção também deve ser dada para o diagnóstico de outros agentes etiológicos da meningite como vírus ou outras bactérias. Entre as bactérias destacam-se o Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae e Mycobacterium tuberculosis que tem vacinas disponíveis na rede de saúde do SUS para menores de um ano.

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