Secretário-executivo do Turismo está entre os 38 presos em operação da PF
PF diz que ação visa 'combater desvios' em verba de emendas parlamentares.
G1 procurou o ministério e aguarda resposta.
 	O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da  Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro, está  entre 38 presos na Operação Voucher da Polícia Federal, deflagrada na  manhã desta terça-feira (9).
 	Conforme a PF, a ação visa "combater o desvio de recursos públicos  destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares ao  orçamento da União".
 	O G1 procurou a assessoria de imprensa do ministério,  que disse que ainda não tem informações sobre a operação. Dirigentes do  ministério estão reunidos com a consultoria jurídica da pasta para  decidir quais procedimentos serão adotados.
 	Conforme a PF, a operação contou com 200 agentes que cumpriram 19  mandados de prisão preventiva (sem prazo determinado), 7 de busca e  apreensão e outros 19 de prisão temporária (de cinco dias prorrogáveis  por mais cinco dias), em Brasília, São Paulo e Macapá (AP).
saiba mais 
 	Além do secretário-executivo, foi preso o secretário nacional de  Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho,  um ex-presidente da Embratur, além de empresários, diretores do  ministério e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de  Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). O G1 tenta contato com dirigentes do Ibrasi.
 	Só em Brasília foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 2 de  busca e apreensão e 5 de prisão temporária. Todos os presos temporários  serão transferidos para Macapá, segundo a Polícia Federal.
 	Conforme a assessoria do ministério, o ministro do Turismo, Pedro  Novais (PMDB), está em São Paulo e chega a Brasília no começo da tarde  desta terça.
 	A Operação Voucher foi realizada pela superintendência regional da PF  no Amapá, com o apoio das superintendências regionais em São Paulo e no  Distrito Federal.
Investigação
 
Em nota, a PF afirma que foram detectados indícios de desvio de  dinheiro público em um convênio que previa a qualificação de  profissionais de turismo no Amapá.
 	O convênio foi assinado entre o ministério e o Ibrasi em 2009, e de  acordo com a PF, não teria tido chamamento público para que outras  entidades se candidatassem a oferecer o serviço.
 	Ainda de acordo com a PF, o instituto - que é uma organização sem fins  lucrativos - não tinha condições técnicas de prestar os serviços de  qualificação.
 	De acordo com a PF, houve ainda direcionamento de contratações a  empresas que fariam parte do suposto esquema de desvio. Além disso, foi  verificada ausência de preços de referência, não-execução ou execução  parcial de serviços, pagamentos antecipados, fraudes nos comprovantes de  despesas e falhas na fiscalização do convênio.
fonte G1 
 
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