Barragem em rio gera polêmica no município de Madalena
Obra  construída entre áreas particulares no rio Barriga, tem atraído  pastagem de gado ao lado de poços de abastecimento da cidade.    
Obra  no leito de um rio tem causado polêmica em Madalena, no Sertão Central.  Em junho, o Governo do Estado inaugurou o açude Umari, no rio Barriga,  para dar solução ao histórico problema de falta d’água no município.  Poucos dias depois, porém, no meio do percurso do riacho que deveria dar  vazão ao açude, uma barragem foi construída, obstruindo o curso natural  das águas e gerando risco de contaminação.
No  limite entre o bairro Caixa D’água e a localidade de Manga, extensão de  areia e barro tem servido à travessia de veículos, impedindo a passagem  da água. A água represada tem atraído a pastagem de animais no local,  que fica próximo a uma das bombas de coleta do sistema de abastecimento  da cidade.
O  diretor do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto (Saee) de  Madalena, José Oeles, disse a reportagem, na última quarta-feira, que  comunicou a situação à Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos  (Cogerh). Segundo ele, o serviço foi realizado pela Fazenda Teotônio.  “Logo que iniciaram o barramento pensei que poderia prejudicar as  águas”, detalha.
O  prefeito de Madalena, Wilson de Pinho, diz que o serviço foi  encomendado pela Prefeitura, com empréstimo de máquinas da Fazenda  Teotônio. “Orientei fazer porque estava precisando acabar com a retirada  de areia no local”, conta o prefeito.
Fato  é que a obra se localiza entre a fazenda e outras áreas particulares –  uma delas pertence ao próprio prefeito. O administrador da Fazenda,  Fernando Câmara, confirma a obra feita em parceria. “Foi colocada  piçarra para ficar melhor de passar”. Segundo ele, a ideia é transformar  o ponto em passagem molhada. “Colocarei manilhas passando por baixo  para não aterrar o poço (de abastecimento)”, promete o prefeito.
De  acordo com Telma Pontes, gerente da Cogerh responsável pela Bacia do  Banabuiú, não há problema com o barramento, feito, segundo ela, para  abastecer os poços da cidade. “Futuramente os poços vão deixar de  existir porque o Governo vai construir adutoras”, projeta.
fonte revista central
 
 
           
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