|  | 
Para Ministério Público, prefeito de Ipu, Sávio Pontes, estaria envolvido em esquema de corrupção
Recursos  do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), convênios suspeitos na  Secretaria das Cidades do Estado, kits sanitários, obras não realizadas,  empresas fantasmas, dinheiro público gasto sem fiscalização e pessoas  desamparadas. Esse é o roteiro apresentado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e o Ministério Público (MP) no Ceará em investigações realizadas no município do Ipu, que fica no Noroeste do Estado, a 294 km de Fortaleza.
2 mil kits sanitários
Foram cerca de três milhões de reais para a construção de 2.108 kits sanitários que a população do Ipu nunca viu. O dinheiro, proveniente do Fecop e repassado pela Secretaria das Cidades, deveria ser destinado a construção das unidades sanitárias que, no entanto, não saíram do papel.
Foram cerca de três milhões de reais para a construção de 2.108 kits sanitários que a população do Ipu nunca viu. O dinheiro, proveniente do Fecop e repassado pela Secretaria das Cidades, deveria ser destinado a construção das unidades sanitárias que, no entanto, não saíram do papel.
O  esquema de corrupção denunciado em Ipu, segue a mesma lógica das  associações fantasmas de Pindoretama, Chorozinho, Horizonte, Cascavel e  Pacajus, e revela que a prática pode ter alcance muito maior do que  imaginado inicialmente.
A produção da TV Jangadeiro  não conseguiu contato com a prefeitura de Ipu para comentar as  denúncias. Já a assessoria de imprensa da Secretaria das Cidades disse  que não poderia responder às denúncias por ter sido contactada depois do  encerramento do expediente.
Empresa fantasma
Conforme o relatório produzido pelo TCM, os convênios firmados entre o governo do Ceará e o município de Ipu, governador pelo ex-deputado Sávio Pontes (PMDB), beneficiaram uma empresa fantasma: A Construcon Comércio e Construção Ltda., cuja sede, na data da licitação, deveria funcionar no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. No entanto, o endereço é ocupado por um salão de beleza que funciona há 16 anos no local.
Conforme o relatório produzido pelo TCM, os convênios firmados entre o governo do Ceará e o município de Ipu, governador pelo ex-deputado Sávio Pontes (PMDB), beneficiaram uma empresa fantasma: A Construcon Comércio e Construção Ltda., cuja sede, na data da licitação, deveria funcionar no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. No entanto, o endereço é ocupado por um salão de beleza que funciona há 16 anos no local.
Sem burocracia
Também chama a atenção dos promotores e técnicos de contas, o fato de que os prazos foram demasiadamente corridos. Sávio Pontes asuumiu a prefeitura no dia 1º de janeiro e o convênio assinado no dia 15 do mesmo mês. A Construcon foi registrada no dia 11 de março de 2009, apenas cinco dias antes da licitação que venceria. No dia 18 de março as notas fiscais foram emitidas. O estranho é que a nota de empenho da despesa foi emitida 01 de abril de 2009, DEPOIS das notas fiscais, quando o pagamento deveria ser feito somente após o empenho da despesa pública.
Também chama a atenção dos promotores e técnicos de contas, o fato de que os prazos foram demasiadamente corridos. Sávio Pontes asuumiu a prefeitura no dia 1º de janeiro e o convênio assinado no dia 15 do mesmo mês. A Construcon foi registrada no dia 11 de março de 2009, apenas cinco dias antes da licitação que venceria. No dia 18 de março as notas fiscais foram emitidas. O estranho é que a nota de empenho da despesa foi emitida 01 de abril de 2009, DEPOIS das notas fiscais, quando o pagamento deveria ser feito somente após o empenho da despesa pública.
Licitação irregular
Dados da Receita Federal comprovam que a Construcon foi aberta apenas cinco dias antes da licitação e que, no dia da tomada de preços, a empresa não estava sequer habilitada para participar do processo. O capital social declarado de 20 mil reais a impediria de participar de uma concorrência mais de R$ 3 milhões.
Dados da Receita Federal comprovam que a Construcon foi aberta apenas cinco dias antes da licitação e que, no dia da tomada de preços, a empresa não estava sequer habilitada para participar do processo. O capital social declarado de 20 mil reais a impediria de participar de uma concorrência mais de R$ 3 milhões.
Segundo o com o promotor de  Justiça Kennedy Carvalho, que na época trabalhava na Comarca de Ipu, o  aditivo ao contrato social aumentando o capital da empresa para 340 mil  reais foi apresentado no momento em que o processo licitatório. As  demais concorrentes foram desclassificadas justamente por não atenderem  esse quesito.
Além disso, agora de acordo com o TCM, a empresa apresentava irregularidades fiscais com as Fazendas estadual e municipal.
Mesmo  assim, a empresa venceu a concorrência para construir os banheiros.  Segundo as investigações, o Governo do estado repassou o dinheiro para a  prefeitura de Ipu, que pagou a construtora por um serviço não  executado. Representantes do MP e do TCM foram até a cidade para apurar a  denúncia e constataram que dos 2.108 banheiros, menos de 150 foram  iniciados, e nenhum finalizado.
Secretaria das Cidades
A TV Jangadeiro teve acesso a cópia dos convênios firmados entre o Governo do Estado, através da Secretaria das Cidades, e o município do Ipu. Um milhão e 500 mil reais no primeiro convênio, pouco mais um milhão e 600 mil reais no segundo contrato, ambos assinados no mesmo dia, com as mesmas testemunhas.
A TV Jangadeiro teve acesso a cópia dos convênios firmados entre o Governo do Estado, através da Secretaria das Cidades, e o município do Ipu. Um milhão e 500 mil reais no primeiro convênio, pouco mais um milhão e 600 mil reais no segundo contrato, ambos assinados no mesmo dia, com as mesmas testemunhas.
No convênio, o governo estadual  teria a obrigação de fiscalizar e acompanhar a execução do projeto,  zelando pelo fiel cumprimento de suas metas físicas e financeiras. Para o  ministério público, não resta dúvida sobre a existência de um esquema  para desviar o dinheiro público a partir da secretaria das cidades.
FONTE  JANGADEIRO ONLINE 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário