Detran acusado de fazer corpo mole nas últimas eleições
Cid dirigindo ao lado o prefeito de Sobral, Clodoveu Arruda.
“O resultado das ações de fiscalização do Departamento Estadual de  Trânsito do Ceará (Detran-CE) no período de campanha eleitoral em 2010  levanta suspeita a respeito de um possível “corpo mole” por parte do  órgão estadual para ajudar na campanha pela reeleição do governador Cid  Gomes (PSB). O suposto uso indevido da máquina pública está sendo  investigado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que já colheu  depoimento de diversos agentes de trânsito.
Os dados disponibilizados no site do Dentran-CE mostram o por quê da  investigação. No ano eleitoral de 2010 – em que Cid se lançou candidato à  reeleição – a fiscalização estadual apreendeu centenas de veículos a  cada mês, entre janeiro e junho – variando entre 612 e 891. Nos meses  seguintes, em plena campanha eleitoral, os veículos apreendidos não  chegam a uma dezena. Agosto é um mês exemplar: foram duas apreensões em  2010, mas no ano anterior, 2009, as apreensões chegaram a 865 – uma  variação de 99,7%.
O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Políticas Públicas do  MPE. Além dos números sobre apreensões, as estatísticas de veículos  abordados e apreensões de carteiras de habilitação em 2010 também  apresentam queda das ocorrências nos meses de agosto, setembro e  outubro, com sequente retorno ao padrão nos demais meses. Um ano antes,  em 2009, essas mesmas estatísticas não apresentam a forte variação  verificada nos meses da última campanha de Cid. “Estamos investigando  para saber se houve mesmo um corpo mole por parte da fiscalização”,  declarou o promotor Gilvan de Abreu, do MPE, que comanda a investigação.
À época, o superintendente do Detran-CE era Igor Vasconcelos Ponte,  atual procurador do órgão. Procurado pelo O POVO, Igor garantiu que  “nunca, jamais” houve qualquer orientação sobre a atuação do corpo de  fiscalização. Ele acrescentou que as estatísticas registradas no período  da eleição não têm “vinculação” com a campanha eleitoral.”
 FONTE(O POVO)
 


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