Aliados cobram explicações e pedem saída de Palocci
Pedro Simon e Raul Pont pedem saída do ministro; Eduardo Campos cobra explicações sobre evolução patrimonial
No mesmo dia em que o PT decidiu não fazer uma defesa  formal do ministro Antonio Palocci, líderes aliados intensificaram as  cobranças contra o chefe da Casa Civil. Da tribuna do Senado, o  peemedebista Pedro Simon (PMDB-RS) disse que Palocci deve deixar o  cargo. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente  nacional do PSB, cobrou esclarecimentos sobre a evolução patrimonial do  ministro. 
 Simon pediu que Palocci saia do governo antes mesmo de o  procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se pronunciar sobre as  denúncias. "Meu amigo, Palocci, já está ficando feio para o PT e o PMDB  impedirem que Vossa Excelência venha depor no plenário ou numa comissão.  Porque isso é o normal, nós estamos numa democracia", afirmou Simon, em  referência aos requerimentos para que o ministro se explique ao  Congresso. "Por isso, ilustre ministro Palocci, a grande saída é o  senhor se afastar. Neste momento, nestas circunstâncias, acho difícil  que o senhor continue, acho difícil", disse.
Campos, por sua vez, aproveitou o lançamento do programa Brasil sem Miséria, em Brasília, para comentar o caso. "Ele (Palocci)  deve, sim, dar as explicações que a sociedade deseja como ministro,  como homem público, ele deve à sociedade essa explicação. Agora o que  não pode ser feito é prejulgamento, prejulgamento não é democrático",  disse Campos, que aproveitou o lançamento do programa Brasil sem  Miséria, em Brasília, para comentar a crise no Planalto. 
"Não devemos permitir que a rinha política atrapalhe o Brasil neste  momento. O ministro Palocci tem bom senso, colabora com este país, a  presença dele no governo ajuda o governo. Até agora não consta contra  ele nenhum inquérito, nenhuma condenação", afirmou o governador  pernambucano. 
Até mesmo dirigentes do PT pediram abertamente a saída do ministro.  Presidente do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul, o deputado  estadual Raul Pont comentou a decisão tomada pela executiva nacional do  partido nesta quinta-feira, de não divulgar uma resolução de apoio ao  ministro. "Diante do impasse e das dificuldades que estão sendo criadas,  o próprio ministro deveria sair do cargo e deixar um  secretário-executivo administrando, enquanto as coisas não fossem  esclarecidas", defendeu Raul Pont, em conversa com o iG.
Para o deputado gaúcho, o afastamento do ministro ajudaria o governo a  se livrar dos ataques da oposição. "Acho que é preciso descontaminar o  governo dessa história. Toda cobrança é feita para a Dilma, para as  políticas do governo, e isso tem que tirar. O Palocci tem que pedir o  afastamento para ajudar o próprio governo. Ficando, ele mantém essa  cobrança permanente", destacou.
*Com informações da Agência Estado e reportagem de Daniel Cassol, iG Rio Grande do Sul
 

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