Após impasse, PSDB unifica discurso e ataca governo Dilma
Em convenção nacional neste sábado, tucanos definem divisão de cargos.
José Serra assume Conselho Político. Tasso Jereissati comandará ITV.
 
 O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves
e o ex-governador José Serra durante convenção
nacional do partido. (Foto: Andréia Sadi/G1)
Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves
e o ex-governador José Serra durante convenção
nacional do partido. (Foto: Andréia Sadi/G1)
Após reuniões ao longo da manhã deste sábado (28), o PSDB chegou à  convenção nacional do partido com discurso unificado em torno dos  principais cargos do partido.
  Horas antes do encontro, o PSDB ainda resolvia divergências internas em  reunião entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador  Aécio Neves (MG) e o ex-governador de São Paulo José Serra.
  O principal imbróglio a ser resolvido na convenção era a presidência do  Instituto Teotônio Vilela (ITV), pleito de Serra, mas que tinha como  principal indicado o ex-senador Tasso Jereissati (CE), nome apoiado por  Aécio Neves.
  Para resolver o impasse, as lideranças tucanas convenceram Serra,  durante negociações entre sexta-feira (27) e sábado, a assumir o  Conselho Político. O conselho também terá como membros  o ex-presidente  Fernando Henrique Cardoso; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; e  Aécio Neves. Tasso foi eleito para a presidência do Instituto Teotônio  Vilela.
  O deputado federal Sérgio Guerra (PE), reconduzido ao cargo de  presidente do partido, disse que o PSDB fortaleceu o Conselho Político  para convencer Serra a aceitar o posto. "Será um conselho múltiplo com  os líderes citados", afirmou.
  Segundo Guerra,  o Conselho Político presidido por Serra será  responsável por orientar questões centrais do partido, como fusões e  incorporações com outros partidos, mas que estão questão só será  definida após as eleições municipais de 2012.  Para ele, partidos de  oposição como DEM e PPS devem primeiro se fortalecer. " Mais na frente,  depois das eleições municipais, vamos ver se é hora de juntar o deles  conosco. Pode ser, vamos ver", afirmou o tucano.
  O presidente do PSDB explicou que o conselho também vai definir as  coligações nacionais e decidirá sobre as questões de primárias e  alianças. " Será um conselho orientador que vai funcionar integrado com a  Executiva, mas que terá enorme poder", afirmou o tucano.
  Além da recondução de Guerra à presidência da legenda, o PSDB escolheu o  ex-governador Alberto Goldman (SP) como primeiro vice-presidente e  Eduardo Jorge Caldas Pereira como vice-presidente-executivo. O deputado  federal Rodrigo de Castro (MG) foi mantido no comando da  Secretaria-Geral do partido.
Ataques
 
Durante os discursos, os tucanos atacaram a gestão da presidente Dilma  Rousseff. "Cada vez mais a ocupante da presidência governa cada vez  menos e aquele que não foi eleito, governa cada vez mais", disse Serra,  referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
  Serra acusou o governo da petista de “omisso” e incompetente" e disse  que o PT, com episódios como o da Prefeitura de Campinas, sai das  páginas políticas para entrar nas ‘’páginas policias”. Serra, que  disputou a Presidência da República no ano passado, disse que as  divergências dentro do partido são naturais, mas que a desunião  fortalece o PT. O presidente reeleito do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de  "fraude" as notícias de que o partido estaria desunido.
  O senador Aécio Neves disse que o PSDB é um “partido sem dono” porque  pertence a “todos os brasileiros”. Ele pediu aos tucanos que andem  "pelas ruas desse país e de cabeça erguida, dizendo, somos sérios, somos  éticos, e quando assumimos governos, sabemos fazer o que precisa ser  feito".
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário